segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Festa estranha com gente... LINDA!!!

Quem me lê já a algum tempo sabe que eu estou batendo Record de solteirisse este ano. Pela primeira vez na vida fiquei mais de 5 meses sem namoro serio.

Esta vida de solteiro tem sido interessante poder curtir a vida comigo mesmo. Gastar meu dinheiro com coisas importantes ou fúteis, diferente da vida de casado. Ir para onde quiser, quando quiser, com quem quiser, sem precisar sequer contar a ninguém. Dar a mim mesmo o direito de testar os limites do meu corpo com o sexo, para o muito... ou para o nada. Conhecer melhor a mim e aos meus gostos, os meus desejos. Saber, através da experimentação, o que eu gosto mais ou menos.

No entanto, algumas situações me intrigam, me fazem pensar e questionar a forma como eu olho para o mundo.

Já descrevi aqui também como parece difícil encontrar gente realmente interessante nas cidades pequenas. Pelo menos em grande quantidade, aglomeradas numa balada para o público gay, por exemplo.

Rola o medo de se expor, a facilidade de acesso às capitais, e até a migração dos gays, que é comum.

Sendo assim, não é raro falar ou ouvir um amigo fazer um convite para determinado evento ou lugar descrevendo-o como lugar com “muita gente bonita”. Parece que é o que todos buscamos.

Num primeiro momento essa idéia me parece obvia, queremos estar perto, rodeados e com acesso fácil a pessoas que julgamos bonitas. É uma forma de nos sentirmos como tal e de termos oportunidades de jogarmos na cama alguém que quando olhamos pensamos “CARALHO, TO PEGANDO ESSE CARA”.

Mas essas minhas andanças pelo país, passando um dia da semana em cada estado tem me feito questionar se estar nesses lugares é realmente bom.

Quando estou numa festa cheia de gente que me atrai, me desperta desejo, eu constantemente volto pra casa sozinho. A grande oferta de corpos e rostos perfeitos me confunde. Eu sempre fico achando que aquele que está me olhando, ou aquele que se configurou numa oportunidade neste minuto, pode não ser a melhor opção, porque tem outro mas bonito olhando do outro lado.

Vira-e-Mexe (Ui!) me vejo beijando um pensando “Eu preferia aquele outro”, ou quando finalmente rola “approach” com alguém interessante, tenho que dispensar pra não perder o clima com outro tão, ou mais, interessante.

Já quando acontece de eu ir a algum evento em que falta homem de tamanha perfeição em quantidade tão generosa, comumente invoco com um e estudo os movimentos da presa até ter a oportunidade de atacar. Nestes casos, costumo me deliciar com a “carne”, saciando a fome noite a fora.

Diferentemente dos casos em que fico pulando de “galho-em-galho” (pau-em-pau nesse caso seria mais propício) que difícilmente a coisa passa dos beijos, quando num ambiente de pouca oferta o sentimento de “peguei o melhor”e “estou bem servido” se aflora e as noites são incríveis.

Supervalorização do corpo? Problemas de auto-estima? Falta de vergonha na cara? Ou Safadeza pura mesmo?

Por enquanto fico assim... rodando pelas faces da minha vida, de cidade em cidade, vivendo as oportunidades que a vida me apresenta.

É só comigo?

Não sei... só sei que foi assim.

Good Vibes!!!

RP

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Bora pra cama???

Meu melhor amigo é o meu amor??? Não, meu “Body Fucker”.

Já vi muitas mulheres no trabalho e na vida pessoal reclamarem do ciúme dos maridos com os amigOs delas.

Para os homens parece impossível separar amizade e sexo, principalmente porque na maioria das vezes que eles se disseram AMIGOS de alguém, tratava-se de um colega de futebol que ele nunca pensou em fazer sexo, ou de garota que eles queriam levar pra cama.

Para o homem gay a questão amizade x sexo é ainda mais complicada. Principalmente se ele conhecer um homem interessante que é seu colega de futebol - com todo o fetiche do uniforme, suor e vestiário - certamente ele vai fantasiar o momento de jogar essa pessoa na cama.

Podemos ser amigos e fazer sexo sem envolvimento?

Essa pergunta já deve ter passado pelas cabeças (as duas) da maioria dos leitores aqui, e a resposta deve ter sido logo um “sim” na esperança de justificar os pensamentos libidinosos.

No entanto, na sequência veio a preocupação em como será o amanhã.

Responda quem souber, pois eu não sei.

Já tive amigos que sumiram, mas posso afirmar que alguns dos meus melhores amigos hoje já estiveram comigo “sob os lençóis”.

O que determina o resultado do ato? A maturidade, o nível de envolvimento, a clareza da situação, o sentimento de um pelo outro ou as atitudes no dia seguinte?

Quem nunca usou a afirmação “somos amigos” para dispensar alguém?

Sempre que uso a desculpa fico com medo de ouvir de volta “Claro, você só transa com desconhecidos ou inimigos, mas não vai pra cama com alguém – supostamente interessante já que a amizade é sua única razão para o NÃO – que se importa com você, conhece seus anseios, desejos, preferências e como te agradar”.

Eu ficaria sem resposta, pois cada vez sinto vontade de CONHECER as pessoas antes do ato (o que nem sempre acontece – confesso).

No fundo o conhecer demais uma pessoa pode causar encantamento ou repulsa sexual. Entregar-se a alguém que faz parte do seu dia-a-dia pode expor sua vulnerabilidade e sua intimidade, que para alguns pode parecer fraqueza. Envolver-se com um amigo pode ser o começo de uma historia maravilhosa ou de dias de solidão e problemas.

Perder um amigo é preocupar-se em fazer novos, reorganizar sua agenda e as discagens rápidas do seu celular.

Apaixonar-se por um amigo e ter certeza que está encantado por algo REAL e não por uma IMAGEM.

“Bora”pra cama?

RP