quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Um, Dois e Três.

Longe de casa...
... há mais de uma semana.
Milhas e milhas distante...
... da minha realidade, dos meus problemas e das pessoas que me avaliam e me julgam todos os dias na vida cotidiana.
Era minha primeira viagem a passeio depois de um período complicado de busca por emprego e recuperação da lesão no tornozelo.
Eu estava revendo amigos, conhecendo novas lugares e pessoas, feliz com meu novo trabalho e tudo que vinha acontecendo.
A noite havia sido perfeita... música, luzes e clima agradável. A festa rolou ao ar livre, onde os corpos torneados iluminavam-se hora pelas luzes coloridas do ambiente, hora pela lua. Durante a noite eu dancei, ri, conversei, dancei mais um pouco, perdi o controle de algumas faculdades mentais, dancei mais ainda mais, beijei, abracei, apertei, dancei denovo com amigos, andei, bebi, ri, beijei denovo – desta vez um novo corpo, ainda maior e mais desenhado... e sem enjoar repeti tudo denovo.
O sol começava a dar sinais do início de um novo dia na capital do meu país enquanto eu, já protegido pelas lentes de um óculos escuro desde parte da noite, mantinha as camisetas nas mãos e dançava como se estivesse sozinho, como se ninguém alí estivesse me vendo.
Dia claro e era hora de ir embora, meu amigo (que me hospedava) já estava parado, cansado, apenas esperando a minha hora de ir embora, me deixando curtir aqueles minuitos sem me interromper.
Quando enfim senti que era meu momento de ir embora, procurei meu amigo, que neste momento conversava com um conterrâneo à beira da pista. Rapaz sem camisa, jeans baixo muito bem preenchido, principalmente quando “ia”. Me aproximei e disse “podemos ir”. Meu amigo disse: “Ele vai com a gente, tudo bem?”.
Respondi que sim, afinal, um passeio pela cidade ao amanhecer para levar o rapaz em casa não seria um problema pra mim.
Mas os planos eram outros: Ele iria com a gente para a casa onde eu estava hospedado. No caminho mãos começaram a passear pelo meu corpo e do meu amigo. O rapaz queria os dois. O (s) contato (s) físico (s) durante a festa me deixou (aram) aceso e a situação me excitava.
Já em casa, na cama, entre braços, pernas, abdomens e saliva me perdi. Três corpos já cansados de uma noite de “badalação” reuniam forças pra satisfazerem-se de forma libidinosa.
Entregues ao sexo completamente, eu e meu amigo usávamos o ”terceiro travesseiro” para fazer aquilo que entre nós já não cabia mais. A terceira parte gostava disso e queria mais. Pedia mais.
Adormecemos os três na mesma cama, com as luzes do meio dia já iluminando toda a casa.

Respirações e corpos nús se misturavam sob os lençois sem nenhuma ordem lógica.

Nove entre dez gays têm, tiveram ou terão desejo de realizar a fantasia do sexo a 3 com namorado, com amigos ou com desconhecidos.
Seja como for, afinal cada um sabe o que é melhor pra si, o desejo de se entregar ao sexo numa fusão de corpos é latente.

Perder completamente o controle?
Testar os limites até a exaustão?


Eramos 3 pessoas totalmente sem envolvimento afetivo, reunidos apenas por um motivo: PRAZER!
Quando acordamos tomamos café da manhã, deixamos o rapaz em casa e fomos fazer os últimos passeios turísticos que me faltavam antes do vôo que me traria de volta ao estado de São Paulo, como se nada tivesse acontecido.

Ora, se esse é um desejo latente dos gays, como as pessoas que vivem em cidades pequenas podem realizá-lo sem que o ato lhes traga grandes consequencias sociais? Maturidade, discrição ou abstinência?

Viajar é preciso!

RP
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